Uma Questão de Identidade (Tito
2:11-13)
Nossa Qualificação: “Povo Especial”
Deus é Santo, isto
é, “separado”, e o seu povo também é separado. Quando Ele escolheu um povo para
o seu serviço sacerdotal, Ele o fez singularizando um homem, Abraão, que foi
chamado “para fora” do mundo em que vivia à sua época. Abraão deixou a casa de
seu pai, as suas terras, e partiu para o invisível (uma terra que Deus lhe iria
mostrar).
Nasceu Israel,
peregrinou no Egito, 430 anos, onde tinha se tornado escravo, até que Deus o
libertou das mãos de Faraó, para através de Israel, fazer conhecidas as suas
obras a todos os povos da terra. Em Deuteronômio 7:6, lemos: “Porque povo santo
és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu
povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há”.
Porque Israel é um
povo especial para Deus?
“Primeiramente
as Palavras de Deus lhe foram confiadas” (Rom. 3:2b).
Por eles veio a adoção de Filhos (para Deus,
em Jesus Cristo, o maior dos Israelitas), e a glória, e os concertos, e a Lei,
e o culto, e as promessas (Rom. 9:4).
Porque
nós (a Igreja), somos chamados de “povo
especial”? Porque fomos enxertados neles (através de Cristo). Embora a Igreja
seja formada na sua maioria de gentios, não nos esqueçamos de que ela se
iniciou com judeus, e somente mais tarde, o Evangelho se expandiu para os
gentios. A ordem de Jesus aos discípulos foi: “Ide antes às ovelhas perdidas da
casa de Israel”. Quando uma árvore frutífera é enxertada a uma outra, prevalece
a qualidade do tronco, a principal. A Palavra de Deus nos diz que éramos
zambujeiros (azambujeiros), isto é, éramos oliveira brava, e fomos enxertados
na boa oliveira, Israel, e assim a qualidade da verdadeira oliveira passou a
dominar em nós. O velho homem, os velhos costumes, foram substituídos pela nova
criatura, adotada como filho de Deus.
“Vós me sereis povo
santo (separado)”. Era ordem de Deus, que o povo de Israel, ao entrarem a
possuir a terra da Palestina (Canaã), não fizesse uso dos costumes do povo da
terra, porque Deus não aprovava tais costumes. A nós é dito: “Não vos
conformeis com este mundo”, isto é, não andeis em conformidade com este mundo.
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há; se alguém ama o mundo, o amor do Pai
não está nele, porque o mundo passa e a sua concupiscência (cobiça, desejos de
bens materiais; vaidades, etc.). Deus nos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz”.
2. A
LUZ DO MUNDO. O senhor Jesus mesmo
foi quem disse que nós somos a “luz do mundo”, e não se pode esconder a luz. É
fácil identificar a luz. Ela não se oculta, é bem visível, é separada das
trevas, onde chega as trevas fogem. Como pois, podemos concordar com as obras
das trevas? Deus exige de nós: “Sede santos (separados), mas nós não queremos
viver separados do mundo, queremos nos misturar, para parecer que tudo é igual,
nada difere, a diferença, dizemos, está no coração. Esta não é a verdade, pela
árvore se conhece os frutos. Como pode, um cristão, filho de Deus, regenerado
pelo Espírito Santo, a luz do mundo precisar se ocultar para que não se
identifique entre a luz? “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como
um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na
mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor (2Co. 3:18).
3. A
CARTA DE CRISTO
Somos a Carta da
Cristo, escrita e lida por todos os homens (2Co. 3:2, 3); somos o bom cheiro
de Cristo (2Co. 2:15). Não adianta tentarmos, como o apóstolo Pedro, negar
nossa identidade. Como poderemos dizer: “não conheço esse homem?”, Pedro, a tua
fala te denuncia. Não somente a fala de Pedro, mas o seu jeito, o seu vestir, o
seu andar, o seu modo de ser, indicavam que ele havia andado com Jesus.
4. A SEMELHANÇA DE CRISTO. Qual é a nossa
identidade? A semelhança de Cristo em nós, deve ser a nossa identidade
principal.Os discípulos foram chamados de cristãos, precisamente pela
semelhança de Cristo que havia neles. O Espírito Santo estava neles. O Espírito
Santo é a verdadeira semelhança de Cristo em nós, e por isso Ele quer moldar
nossa vida à sua semelhança.
Prezados irmãos, se
o Espírito Santo está em nós, vive em nós, faz morada em nós, então somos o
templo do Espírito Santo, e não precisamos nos cobrir com a “tenda mundana”. Se
somos a carta de Cristo, devemos ser uma carta “sem rasuras” sem manchas, para
que o mundo possa ler e ver Cristo em nós. Se temos a semelhança de Cristo,
devemos retratar o seu caráter, a sua simplicidade, a sua humildade, a sua
obediência (v. 2Co. 11:2,3).
Se temos a mente de
Cristo, certamente vamos pensar nas coisas que são de cima: O reino de Deus, a
Vida eterna, e não nas coisas terrenas, perecíveis, passageiras.
Assim, a nossa
identidade será reconhecida, poderemos dizer como Paulo: “Eu sei em quem tenho
crido”. As fantasias do mundo, jamais poderão roubar a bênção da glória celeste
que Deus tem para os filhos seus.
5. A NOSSA
LINGUAGEM:
Certa vez, nos
tempos dos Juizes, houve uma peleja entre duas tribos de Israel: Gileade e
Efraim. Jefté julgava Israel, e os efraimitas declararam guerra a Gileade,
tribo à qual pertencia Jefté. Então, Gileade fez prisioneiros a alguns
efraimitas, que para fugirem queriam se passar por gileaditas. Então para
identifica-los, lhes foi imposta a seguinte condição: se eles fossem dos de
Gileade, deveriam falar: “chibolete”. Porém, não conseguiam pronunciar
corretamente, e falavam “sibolete”, e assim eram degolados, porque não possuíam
a verdadeira identidade., não conseguiam se identificar.
- –
RESUMO (O EXEMPLO DE JEÚ):
“Se o teu coração é
igual ao meu, dá-me a mão, e meu irmão serás” (ver 1Reis 10:15-28).
Pr. Artur Gabriel de Oliveira
e-mail: arturgabrioli@gmail.com
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